O envelhecimento traz uma série de mudanças no padrão de rotina das pessoas. A aposentadoria, a diminuição de atividades físicas e o uso de medicamentos podem alterar também o padrão de sono. Nessa fase, é comum a diminuição do sono noturno e maior ocorrência de cochilos durante o dia, acordar e adormecer novamente diversas vezes durante a noite, dificuldade para pegar no sono, ou seja, levar mais tempo para dormir do que quando jovens, são exemplos de alterações normais com o avanço da idade.
Mas se estas alterações são normais, precisamos cuidar então ainda mais da qualidade do sono na terceira idade, pois o sono do idoso pode ser tão reparador quanto o de uma criança ou um jovem adulto. Mas vai depender das condições satisfatórias, como silêncio, baixa iluminação, cama confortável e a disciplina de somente deitar se estiver com sono, e a prevenção de algumas doenças relacionados aos distúrbios do sono, como é o caso da apnéia do sono.
A apnéia do sono é definida como a cessação do fluxo do ar pela boca ou nariz por dez segundos, pelo menos, que ocorre durante o ciclo de sono . A apneia pode ser provocada também pela redução do calibre da faringe, quando a pessoa é obrigada a respirar pela boca, porque o nariz entope muito à noite
Em decorrência da interrupção da respiração, pode ocorrer queda na saturação sanguínea de oxihemoglobina, arritmias cardíacas, hipertensão noturna, confusão durante a noite e comprometimento neuropsicológico. Não é só o cérebro que se ressente com a falta de oxigenação. Todas as células do organismo sofrem o efeito nocivo da hipoxemia.
A apnéia do sono é mais frequente em homens e em indivíduos acima de 60 anos de idade e parece estar associada ao excesso de sonolência diurna, depressão, cefaleia, aumento de irritabilidade, diminuição da concentração e atenção, prejuízo da memória na demência ,além de um aumento do risco de morte súbita noturna. A médio prazo, porém, as implicações cardíacas representam preocupação maior. O coração é um grande consumidor de oxigênio. Se a oferta diminui, ele padece. Muitos apnéicos morrem de arritmia, infarto ou acidentes vasculares cerebrais. Além disso, certas doenças que só se manifestariam na velhice, como o mal de Parkinson, por exemplo, aparecem precocemente nos apnéicos.
O diagnóstico clínico das apnéias obstrutivas do sono é sugerido pelo roncar (obstrução da faringe), sonolência diurna (fragmentação e superficialidade do sono) e o testemunho de apnéias (relato do companheiro de quarto). O diagnóstico preciso é feito através da polissonografia, que avalia o grau de anormalidade.
O tratamento pode envolver medidas clínicas genéricas, tais como perda de peso, suspensão de drogas, particularmente álcool e sedativos, e medidas clínicas específicas, tais como dispositivos intraorais, pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP) e controle de doenças clínicas (hipotireoidismo, acromegalia, doenças neuromusculares, rinite alérgica ou vasomotora), ou controle cirúrgico.
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