A celebração da Semana Nacional do Sono, que tem início no dia 21 de março, Dia Mundial do Sono, oferece uma oportunidade singular de reflexão sobre a importância do sono para a saúde das pessoas e sua co-relação com o desempenho no trabalho, na segurança no trânsito e na evolução do aprendizado escolar. Diante disso, profissionais ligados a esta área aproveitam a data para a conscientização da população sobre a importância do sono para a saúde através de palestras e pelos meios de comunicação.
Estudos epidemiológicos demonstram que os transtornos do sono ocorrem com frequência: 1/7 a 1/3 da população mundial têm queixas na área e que aproximadamente 15% a 20% dos trabalhadores apresentam um ou mais transtornos de sono. Sendo as insônias, mudanças de fuso horário, problemas respiratórios ao dormir e privação de sono estão entre os principais distúrbios.
De modo geral, as insônias aumentam em sete vezes o risco de acidentes do trabalho e 2,5 vezes o de acidentes de trânsito.
Já as apnéias obstrutivas do sono estão presentes em aproximadamente 5% da população adulta(veja outros dados no quadro ao lado).
Os acidentes de trânsito são sete vezes mais frequentes em pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono.
O risco de infarto do miocárdio é cinco vezes maior nos pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono.
É quase unânime dizer que a grande maioria da população sabe o que é ronco e apnéia e os malefícios que produz tanto para a saúde quanto a nível social ao roncador e/ou apnéico e também às pessoas que convivem junto dele. Mas ainda nota-se que existe dúvida quando o paciente desconfia ter o problema, mas não saber qual o primeiro profissional a quem recorrer.
Sabendo que o ronco e a apnéia na maioria das vezes é causada pela obstrução das vias aéreas, cabem ao médico Otorrinolaringologista investigar e diagnosticar tais causas; sendo assim, quase sempre este deve ser o primeiro profissional de saúde a ser consultado. Caberá ao Otorrino solucionar o problema de forma medicamentosa, intervencionista ou cirúrgica, com o respaldo do exame de Polissonografia, para a confirmação diagnóstica de Apnéia Obstrutiva do Sono, ou então encaminhá-lo para outras formas de tratamento .
Dentre as outras formas de tratamento está o uso do CPAP, que é uma espécie de aparelhagem com uma máscara que exala ar durante toda à noite, desobstruindo as vias aéreas do paciente. A adaptação e a indicação do CPAP geralmente é realizada pelo médico Neurologista ou Pneumologista.
E a outra forma de tratamento para o ronco e apnéia é realizada pelo dentista com a utilização de um aparelho intra-oral o qual proporcionará o avanço da mandíbula, juntamente com avanço da língua desobstruindo a porção posterior das vias aéreas. Esta forma de tratamento através dos aparelhos intra-orais tem ganhado importância e credibilidade pelos especialistas em Medicina do Sono. Pesquisas comprovam a eficácia deste método que possui características específicas, e com isso o papel do dentista no tratamento do ronco e da apnéia do sono têm sido cada vez mais significativa.
Mas como em todas as áreas existe uma tendência por causa das novidades, e assim tem-se notado uma euforia muito grande por parte de dentistas sem preparo e conhecimento que se aventuram nesta especialidade, e muitas vezes acabam desviando o paciente de um tratamento sério, específico e bem direcionado.
Segundo o dentista Dr. Paulo Nabarro, que é Pós-graduado em Medicina do Sono pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)/ Instituto do Sono e Membro da Sociedade Brasileira de Sono é importante frisar que a partir do momento que o dentista atribui o tratamento com aparelhos intra-orais, é de sua total responsabilidade a saúde geral de seu paciente. Sendo assim, é obrigatória a realização da polissonografia comprobatória com o paciente utilizando-se do aparelho, para comprovar a eficácia deste tipo de tratamento, pois uma apnéia não controlada traz riscos até de morte ao paciente.
Sendo assim, a população deve se alertar quanto aos profissionais de saúde oportunistas com a “doença da moda”, e só procurar profissionais habilitados . Já no tratamento a ser realizado através de aparelhos intra-orais, no caso de apnéia em crianças procurar de preferência um dentista com especialidade inscrita junto ao CFO em “Ortopedia Funcional dos Maxilares”. No tratamento de ronco e apnéia em adultos procurar um dentista com Pós graduação em Medicina do Sono e inscrito junto a uma entidade do Sono para dar respaldo e certificação ao tratamento.
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